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A morte política de Lula


O Brasil acordou hoje com a notícia de que a Polícia Federal estava na casa de Lula. Os agentes conduziram coercitivamente o ex-presidente para prestar depoimento. O fato é simbólico, mais pela forma que pelo conteúdo. 

Não é de hoje que boa parte da população brasileira esperava pelo dia em que veríamos o cerco se fechar ao redor de Lula. O líder máximo do PT que sempre foi visto como alguém acima do bem e do mal pelos seus simpatizantes sentiu na própria pele, pela primeira vez, o rigor do sistema jurídico que ele sempre tentou boicotar.

O evento é simbólico por vários motivos, citarei alguns:

  • Não é todo dia que a PF cumpre mandados na casa de um ex-presidente da República. Antes de Lula, só Collor tinha experimentado tal honraria
  • Caiu por terra a imagem de intocável de Lula. Numa democracia que se preze, nenhum político pode estar acima das instituições que prezam pela probidade.
  • A reação discreta de Dilma Rousseff evidencia que o amor entre Lula e ela acabou. Não pela divergência, mas sim pela conveniência política. Lula precisa descolar sua imagem da de Dilma para ter condições de disputar as próximas eleições.

Dito tudo isso, o que mais me chamou a atenção foi o pronunciamento de Lula agora à tarde. O petista, com um semblante forçosamente abatido apelou aos mesmos sofismas que sempre o acompanharam:  falou sobre os supostos avanços alcançados pelo PT nos últimos 14 anos, fomentou a ideia que lhe é necessária de que o Brasil é uma dicotomia formada por pobres x ricos e se disse magoado e ofendido com o que lhe aconteceu. Uma aula de dissimulação.

Lula se diz a favorável ao cumprimento da lei, mas quando a mesma lhe é aplicada, ele se sente magoado e ofendido. Num estado democrático de direito precisamos ter sempre muito cuidado com quem se ofende quando a lei lhe atinge. Ainda mais se esse alguém quer ser governar o país.

Lula também relembra seu passado e diz que, quando criança, venceu a fome. O ouvinte mais desatento pode até acreditar que quem um dia passou fome está isento de cometer crimes.

O detalhe mais importante disso tudo é que o dia 13 se aproxima, e o povo voltará às ruas para pedir não apenas a queda de Dilma, mas o fim de um projeto de poder. Um projeto hediondo que se vale das idéias de aparelhamento estatal ensinadas por Antônio Gramsci, mas que usa também a moral ensinada por Trotsky. É óbvio que uma combinação dessa natureza só poderia levar o país à bancarrota. Conseguiram. Mas chegou a hora de dar um basta.

O PT respira por aparelhos.
Lula morreu hoje.
Dilma começará a morrer dia 13.
E o Brasil voltará a viver.
Obrigado Sérgio Moro! São homens assim que me orgulham de escolher a carreira que escolhi. 
A morte política de Lula A morte política de Lula Reviewed by Alcino Júnior on sexta-feira, março 04, 2016 Rating: 5

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