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O último dia

Depois de 13 anos, hoje será o último dia em que o Brasil amanhecerá governado pelo PT. O Senado Federal, destituirá Dilma Roussseff da Presidência da República. Acabou.

O partido que alimentou os sonhos dos intelectuais da esquerda brasileira durante décadas deixará o Planalto pela porta dos fundos. Aqueles que prometeram ser a voz dos desfavorecidos deixarão como legado o maior escândalo de corrupção da história da civilização. Ao longo dos anos em que estiveram no governo, os petistas não entenderam que a política é um meio, nunca um fim, isso explica o porquê de uma gestão com tantos descaminhos. Faltou aos petistas aprender a lição de que um verdadeiro estadista é aquele que governa com a política e não em nome dela. O Partido dos Trabalhadores voltará para a oposição com o dever de, pela primeira vez em sua história, fazer uma autocrítica sincera e repensar seus métodos.


Porém, o dia de hoje traz também um dever para cada cidadão deste país. Todos os brasileiros devem parar e refletir sobre o quanto evoluímos e quanto deixamos de evoluir na última década; sobre quanto dinheiro nos foi roubado; sobre o quanto serviços básicos como saúde, educação e segurança pública nos foram tirados simplesmente porque não eram geridos por pessoas competentes, mas sim por "companheiros" que só queriam viver às custas do nosso suor em nome dos seus interesses escusos.

Cada um de nós deve parar e pensar sobre o quanto foi ludibriado quando nos disseram que não havia crise, que os shoppings continuavam lotados e agora nos vemos diante de uma recessão que vai perdurar por pelo menos mais dois anos. Precisamos refletir sobre as vezes em que a violência retórica se sobrepôs à eficiência "acuse o seu inimigo do que você é" foi a palavra de ordem que norteou o petismo desde o seu nascimento, leram Lênin, mas desprezaram Montesquieu, que desde o século XVII já ensinava que o poder precisa ter limites.

Algo que também merece a nossa atenção hoje são os programas sociais. Ninguém em sã consciência nega a importância dessas políticas. Porém, um auxilio dado pelo Estado não pode ser usado como barganha eleitoral. Nas últimas eleições, o PT desceu ao nível mais baixo de desonestidade ao tentar nos convencer de que, uma vez fora do poder, levaria consigo todos os avanços sociais que foram conquistados. Em meio à pós-modernidade, revivemos o nefasto voto de cabresto.

Enfim, temos muito o que pensar.

Que no dia de hoje, cada brasileiro olhe para o epitáfio petista e, depois de uma longa retrospectiva, para e pense sobre o qual o país que pretende deixar para seus filhos e netos e saiba que o voto não é uma moeda, é um instrumento que se não for bem utilizador fará sangrar aquele que o utiliza.

Pagaremos o preço de nossas escolhas, pois ao contrário deles, sabemos que atitudes erradas geram consequências inevitavelmente desastrosas. É a terceira Lei de Newton que só pode ser percebida por aqueles que possuem algum senso de responsabilidade. Elegemos Lula e Dilma e agora amargaremos anos de crise, independentemente de quem for o governante. Nem Churchill poderia nos devolver uma estabilidade econômica num curto prazo.

Depois de amanhã, Temer assumirá. Não é um messias. Vai errar. Mas ele representa algo importante: agora sabemos que sempre que um governo for criminoso, nós podemos sim nos livrar dele. O brasil é dos brasileiros e não de uma agenda ideológica, seja ela qual for. O poder sempre emanará do povo. Doa a quem doer.

Que um novo ciclo que inicie, e que possamos voltar a andar pra frente. Que o verde e o amarelo voltem a ocupar seus lugares em nossa bandeira. Ela nunca mais será vermelha.

Viva a democracia!
O último dia O último dia Reviewed by Alcino Júnior on quarta-feira, maio 11, 2016 Rating: 5

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